João Carlos Malta, Joana Bourgard, Rodrigo Machado (ilustrações) e João Antunes (desenvolvimento)
"Em casa, num momento em que pensei 'o que é que eu faço à minha vida?', lembrei-me que podia fazer recados. "
"Em casa, num momento em que pensei 'o que é que eu faço à minha vida?', lembrei-me que podia fazer recados. "
Com a carreira de cabeleireira em pausa, Catarina Soares transformou-se em "Gaiata dos Recados". Os pedidos variam desde compras em supermercados ou ir buscar flores, como aquele que fez no início do mês de Fevereiro, numa loja bem no centro de Lisboa.
"Comigo é tudo mais personalizado. Já fui trocar peças de roupa para pessoas que não conheço. Tem a ver com a ligação que fizemos."
"Comigo é tudo mais personalizado. Já fui trocar peças de roupa para pessoas que não conheço. Tem a ver com a ligação que fizemos."
Às vezes, lá tem de lidar com a estranheza de quem recebe a encomenda. Muitos são apanhados de surpresa. Garante que a simpatia quebra a desconfiança inicial.
O preço de cada recado varia consoante a distância e o tempo. O minímo é de 4,5 euros, a “taxa Gaiata”. Apesar de muitos hipermercados, restaurantes e lojas já terem serviços de entrega próprios, Catarina acredita na proximidade com os clientes.
"Tive de arranjar uma solução e percebi que afinal era capaz de fazer muitas coisas que achava que não seria capaz."
"Mesmo se não tivesse esta necessidade, acho que continuaria, mas sou cabeleireira. Não consigo escolher."
Catarina olha para o futuro e não deixa de pensar em inovações, como criar uma “app”. E claro, ter mais gaiatas “a recadar” por todo o lado. Certo, é que já não vê sem esta nova paixão na sua vida.