Prós e Contras

O projecto da Praça da Mouraria, onde nascerá a nova mesquita, está a levantar muita polémica e a criar barricadas entre os defensores da ideia e os que a contestam. Conheça a síntese dos argumentos de um e do outro lado.

A favor:

  • Requalificar a Mouraria criando uma abertura que torne mais agradável a passagem entre a Rua do Benformoso e a Rua da Palma, uma zona de Lisboa conotada com vários flagelos sociais.
  • Lisboa é uma cidade que privilegia a liberdade religiosa e em que todas as comunidades se devem sentir bem acolhidas.
  • O Estado, apesar de ser laico, deve apoiar as iniciativas e construções de cariz religioso que tenham relevância e impacto social.
  • A expropriação de dois prédios está salvaguardada pelo interesse público, que neste caso visa a melhoria das condições da malha urbana.
  • A dimensão da comunidade do Bangladesh na Mouraria justifica a construção, a que se junta um dos pilares do islão: a oração diária. Os muçulmanos que vivem naquela zona argumentam que a Praça de Espanha fica muito longe (cerca de cinco quilómetros).

Contra:

  • A requalificação já não se justifica porque o Estado tem actuado sobre aquela zona e melhorado muito as condições do local. Tanto que até publicações estrangeiras apontam a Mouraria e o Intendente como uma zona na moda, de visita turística obrigatória.
  • Já há três ligações entre as duas ruas: no Largo do Intendente, a meio da rua e no Martim Moniz.
  • A construção de um templo religioso não justifica a expropriação de proprietários privados.
  • O Estado é laico, logo não deve apoiar a construção de um tempo religioso, independentemente da religião.
  • O projecto arquitectónico escolhido para a Praça da Mouraria, da autoria de Inês Lobo, de linhas modernas, é totalmente dissonante do casario típico do bairro.