Nacional
Do medo ao triunfo da ciência
Acontecimentos
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Centeno deixa Finanças
“São 1.664 dias como ministro das Finanças e números certos”. Foi assim que Mário Centeno deixou o Governo. Elaborou o Orçamento Suplementar e passou a pasta a João Leão. Em cinco anos, Centeno passou de desconhecido a “Ronaldo do Ecofin”, tornou-se um pilar do executivo e assinou o primeiro excedente orçamental em democracia. A reta final fica marcada por uma injeção de 850 milhões no Novo Banco, alegadamente, sem conhecimento do primeiro-ministro. Após a demissão anunciada, foi nomeado governador do Banco de Portugal. A oposição tentou travar a transferência, mas o “CR7 das Finanças” assumiu os comandos do Banco de Portugal, a 20 de julho." Foto: José Sena Goulão/Lusa
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Eutanásia aprovada
Em fevereiro, o Parlamento aprovava cinco projetos de lei para a despenalização da eutanásia; em outubro, a maioria dos deputados rejeitou um referendo de iniciativa popular, que recolheu mais de 95 mil assinaturas. Seguem-se, agora, os trabalhos para alcançar um texto comum sobre a despenalização da eutanásia. Chumbado o referendo e perante as dúvidas constitucionais, o cardeal patriarca de Lisboa fala numa "mensagem errada à sociedade" da parte dos deputados e diz que o Presidente da República é a “última instância”. Foto: Mário Cruz/Lusa
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Estado resgata TAP
Atingida em cheio pelos efeitos colaterais da pandemia de Covid-19, que deixaram os aviões em terra, a TAP volta a ser controlada pelo Estado cinco anos depois da privatização. O Governo adquire a posição de David Neelman, por 55 milhões de euros. Com esta operação, 72,5% da transportadora passam a ser propriedade pública. Neste quadro, o Governo assumiu o compromisso de injetar na empresa até 1.200 milhões de euros inscritos no Orçamento Suplementar, em contrapartida apresentou um plano de reestruturação a Bruxelas, que aumenta as transferências do Estado até 2024. Em troca de 3 mil milhões de euros, a TAP vai emagrecer. No futuro terá menos aviões e menos 4 mil trabalhadores." Foto: Lusa
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Drama no Orçamento
“Sem Orçamento há uma crise política”, a juntar à pandemia. O aviso do primeiro-ministro à esquerda foi feito em agosto e a indefinição durou até finais novembro, quando o Orçamento do Estado para 2021 foi aprovado só com os votos favoráveis do PS. O PCP viabilizou o diploma abstendo-se. O Bloco saltou fora da Geringonça e votou contra. O Orçamento também ficou marcado pela aliança da oposição para suspender uma transferência de 476 milhões para o Novo Banco, que fica dependente de uma auditoria." Foto: Manuel de Almeida/Lusa
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PSD faz acordo com o Chega nos Açores
E ao fim de 24 anos, o PS caiu nos Açores. As eleições regionais de 25 de outubro voltaram a dar a vitória ao PS, mas sem maioria absoluta e sem possibilidades de a conseguir numa coligação à esquerda. PSD, CDS e PPM avançaram para uma coligação de Governo e garantiram o apoio parlamentar da Iniciativa Liberal e do Chega, de André Ventura. O primeiro-ministro acusa o PSD de fazer um acordo com a “extrema-direita xenófoba”, o líder do PSD diz que o Chega “moderou-se” nos Açores e abre a porta ao diálogo “no continente”. No arquipélago, o socialista Vasco Cordeiro deixa a presidência do governo regional e entra o social-democrata José Manuel Bolieiro." Foto: Mário Cruz/Lusa
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D. José Ornelas, novo presidente da CEP
D. José Ornelas foi ordenado padre numa ordem religiosa missionária e chegou mesmo a ser superior-geral dos dehonianos, antes de ser chamado a suceder a D. Gilberto Reis na diocese de Setúbal. Apenas cinco anos depois de ter sido nomeado bispo, tornou-se, em 2020, presidente da Conferência Episcopal, um sinal de grande confiança que lhe é dado pelos restantes bispos portugueses. Pela primeira vez, um bispo de Setúbal preside ao organismo, num tempo em que temas como a eutanásia criou alguma tensão entre a Igreja e o Estado e a pandemia obrigou os católicos a reorganizarem-se para manter a a vida espiritual, mas diminuindo o risco de contágio." Foto: Tiago Petinga/Lusa
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"Futebol Leaks": Rui Pinto começa a ser julgado
O julgamento do caso “Football Leaks” arrancou a 4 de setembro. Rui Pinto é acusado de 90 crimes, como invasão de correios eletrónicos e sistemas informáticos, e sabotagem informática à SAD do Sporting. O “hacker” também responde por tentativa de extorsão ao fundo de investimento Doyen. Rui Pinto, de 32 anos, esteve ano e meio em prisão preventiva e domiciliária, até ser libertado a 7 de Agosto, devido à sua colaboração com a Polícia Judiciária. A defesa invoca a inclusão no regime de proteção de denunciantes, que ainda não foi transposto para a legislação nacional. O mundo ficou também a saber que o génio informático de Gaia foi o denunciante do “Luanda Leaks”, no qual é arguida Isabel dos Santos." Foto: Mário Cruz/Lusa
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Tancos, EDP e BES
Um antigo ministro da Defesa no banco dos réus. Azeredo Lopes e outros 22 arguidos começaram a ser julgados no caso do furto e achamento das armas de Tancos. O Presidente da República e o primeiro-ministro testemunharam (por escrito). Sentenças só no próximo ano. No caso EDP, o juiz Carlos Alexandre afastou da direção da empresa António Mexia e Manso Neto, que tiveram de pagar cauções milionárias. Seis anos depois da resolução/implosão do BES, Ricardo Salgado foi acusado de associação criminosa e corrupção pelo Ministério Público. O processo conta com um total de 25 arguidos." Foto: Paulo Cunha/Lusa
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Crimes em família
Rosa Grilo foi condenada a 25 anos de prisão pela morte do marido, Luís Miguel Grilo. O amante António Joaquim ficou em liberdade: recebeu apenas pena suspensa, por posse de arma proibida. O Ministério Público recorreu e o oficial de justiça foi condenada à pena máxima, pelo Tribunal da Relação, que reverteu a decisão do Tribunal de Loures. Outro caso que chocou o país foi a morte violenta de Valentina, uma menina de nove anos, de Peniche. Depois de vários dias de buscas, o corpo foi encontrado e o pai e a madrasta foram detidos, por suspeita de homicídio." Foto: Paulo Cunha/Lusa
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Funcionários do SEF acusados da morte de cidadão ucraniano
Ihor Homenyuk veio da Ucrânia para encontrar a morte em Portugal. A 10 de março, tentou entrar ilegalmente e acabou detido no aeroporto de Lisboa. Dois dias depois, estava morto. O Ministério Público acusa três funcionários do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) de homicídio qualificado. Houve “uma situação de tortura evidente”, admite a diretora do SEF, Cristina Gatões, antes de se demitir. Já tinham sido afastados o diretor e o subdiretor de Fronteiras do aeroporto. A IGAI instaurou oito processos disciplinares a elementos do SEF e implicou 12 inspetores na morte de Ihor Homenyuk. O Estado português vai indemnizar a família de Ihor Homenyuk." Foto: Lusa
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Acidente com alfa pendular
Foi a 31 de julho, pouco antes das 15h30, em Soure, no distrito de Coimbra. Um comboio alfa pendular da CP, com 212 passageiros a bordo, embatia a alta velocidade num veículo de conservação de catenária (VCC) da Refer que estava na linha. Morreram os dois trabalhadores da máquina. No alfa, ficaram feridas 44 pessoas, oito com gravidade. O Gabinete de Investigação de Acidentes Ferroviários conclui que o veículo de trabalho, sem sistema de controlo de velocidade, passou um sinal vermelho e entrou na Linha do Norte." Foto: Paulo Cunha/Lusa
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TGV na estratégia para a década
A promessa chegou logo em janeiro: o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, prometeu tornar a ferrovia grande outra vez, após "décadas de desinvestimento”. Uma visão reforçada na Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020-2030, elaborada por António Costa Silva, a pedido do Governo. O gestor recupera a ideia do TGV e propõe “uma ligação de alta velocidade entre Lisboa e Porto. Costa Silva pensou o Portugal do futuro, que passa, por exemplo, por um novo “grande aeroporto em Lisboa”, um cluster do hidrogénio, reindustrializar e apoiar as empresas rentáveis." Foto: Mário Cruz/Lusa
Covid-19
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Primeiros casos em Portugal
Depois de várias suspeitas, os primeiros casos de Covid-19 em Portugal foram confirmados a 2 de março. Os infetados são dois homens, que tinham estado em Espanha e Itália. Ficam internados no hospital de S. João, no Porto. O Governo determina as primeiras medidas nos serviços públicos. A 16 de março, o novo coronavírus faz a primeira morte no país: Mário Veríssimo, de 81 anos, amigo de Jorge Jesus e antigo massagista do Estrela da Amadora. O novo coronavírus terá entrado em Portugal a 20 de fevereiro, com origem na Lombardia, Itália, indicou um estudo do o Instituto Ricardo Jorge." Foto: Joana Bourgard/RR
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Ordem para confinar
O primeiro de vários estados de emergência foi decretado a 18 de março, numa altura em que Portugal registava duas mortes e 642 casos. Marcelo já tinha avisado: a pandemia "pode ser mais grave e duradoura". Os portugueses viam as suas liberdades restringidas, em nome do combate à pandemia, mas o primeiro-ministro garantia: “a democracia não será suspensa” e ""o país não vai parar"". Confinamento obrigatório, restrições à circulação na via pública e teletrabalho generalizado são algumas das medidas. A desobediência é crime e pode levar à prisão. A emergência durou mês e meio, o desconfinamento começou no início de Maio, por fases." Foto: Tiago Petinga/Lusa
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Covid-19 ataca lares
Cerca de 40% das mortes por Covid-19 em Portugal aconteceram em lares, segundo a Direção-Geral da Saúde. O Governo proibiu as visitas em março e anunciou testes em massa, enquanto planos de contingência eram preparados e funcionários ficaram a viver nos lares para proteger os idosos. Foram criadas brigadas para apoiar residências com surtos e as Forças Armadas foram envolvidas na guerra contra o vírus. As notícias de surtos em lares, muitos ilegais, sucederam-se a um ritmo quase diário. Um dos casos mais graves, com falhas a vários níveis, aconteceu em Reguengos de Monsaraz, onde 18 pessoas morreram e 160 ficaram infetadas." Foto: Inês Rocha/RR
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Escolas encerradas, alunos em casa
Foi um ano letivo atribulado. O Governo fechou as escolas, a 12 de março. A decisão política ignorou um parecer do Conselho Nacional de Saúde Pública em sentido contrário. Os alunos foram para casa e passaram para ensino à distância. As famílias tiveram que se adaptar. A “velhinha” Telescola voltou como #EstudoEmCasa. Marcelo Rebelo de Sousa deu uma aula. As escolas acabariam por ficar encerradas até ao final do ano letivo. A exceção foram os alunos do 11.º e 12.º anos que voltaram às aulas presenciais e as creches que reabriram a 18 de maio. O novo ano letivo 2020/2021 já arrancou com ensino presencial em todos os graus de ensino." Foto: Joana Bourgard/RR
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Homem de Abril
A meio de abril, Marcelo falava em “milagre” português, enquanto renovava o estado de emergência. Esperança e prudência, porque era preciso “achatar a curva” sem uma vacina para a Covid-19. O 25 de abril foi celebrado com o país em confinamento. O Parlamento realizou uma cerimónia com número reduzido de presenças. Os portugueses cantaram a “Grândola” à janela e um antigo soldado subiu a Avenida da Liberdade, sozinho, com a bandeira de Portugal às costas. No 1.º de Maio foi diferente. A CGTP fez a tradicional concentração na Alameda, em Lisboa, com número limitado de participantes e regras de distanciamento." Foto: José Sena Goulão/Lusa
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Economia afunda-se
Setores paralisados, negócios à beira da ruína e desemprego. A Covid e o confinamento trocaram as voltas à economia portuguesa, que poderá chegar ao fim de 2020 com uma recessão de 8,5% e uma taxa de desemprego de 8,7%, nas previsões do Governo. Perante este cenário, foram tomadas medidas de emergência, como o “lay-off” simplificado, moratórias para os créditos ou linhas de crédito para as empresas. Os patrões dizem que não chega perante a maior crise em décadas e o ano acaba com protestos da restauração e similares e uma greve de fome junto ao Parlamento. Da Europa vem ajuda. A UE aprovou uma “bazuca” de apoios para a Covid. Portugal vai receber mais de 13 mil milhões nos próximos anos. Foto: Tiago Petinga/Lusa
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Fátima sem peregrinos pela primeira vez
Na semana em que o país entrou em estado de alerta, a Conferência Episcopal Portuguesa suspendeu, a 13 de março, as missas presenciais, catequeses e outros atos de culto. A Igreja Católica adaptou-se aos tempos de pandemia e garantiu o apoio espiritual aos fiéis através da televisão, da rádio e da internet. Pela primeira vez, o Santuário de Fátima não teve peregrinos nas cerimónias de 13 de Maio. Também por causa da Covid-19, a Jornada Mundial da Juventude de Lisboa foi adiada um ano, para 2023. As missas com fiéis foram retomadas no final de maio e Fátima voltou a receber peregrinos no 13 de junho." Foto: Joana Bourgard/RR
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Teste de stress ao SNS
O Serviço Nacional de Saúde e os seus profissionais foram levados a um novo extremo de exigência, com longas jornadas de trabalho, poucas folgas e um vírus desconhecido. Foi preciso reforçar recursos humanos e a Linha Saúde 24, equipamentos, testes para o novo vírus e garantir as vacinas que hão-de começar a chegar no início de 2021. Alguns hospitais ficaram à beira da rutura, a resposta aos doentes não covid ficou para trás nos picos da pandemia e a direita pediu a demissão da ministra da Saúde e da diretora-geral da Saúde. Às críticas da oposição, o primeiro-ministro respondeu com um reforço do orçamento da Saúde, que comparou à “bazuca europeia”." Foto: José Coelho/Lusa
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Nova vaga
Portugal ultrapassou o pico da primeira vaga em abril e começou a desconfinar, gradualmente, em maio. A região Norte foi a mais atingida na fase inicial. No início do verão, Lisboa e Vale do Tejo tornou-se o epicentro da Covid e foram decretadas restrições em 19 freguesias. Após as férias, com o regresso à escola e ao trabalho, o país ficou em estado de contingência e depois em emergência, perante a maior onda de casos, mortes e internamentos, cujo pico terá sido ultrapassado a 25 de novembro. O Norte foi particularmente atingido, novamente. “Fomos surpreendidos” com a segunda vaga “tão cedo”, admitiu o primeiro-ministro. O Natal vai ser em semi-confinamento, à espera da vacina que chega em janeiro." Foto: Tiago Petinga/Lusa
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Plano de vacinação
A luz ao fundo do túnel. Com as primeiras vacinas em fase final de aprovação, Portugal anuncia um plano dividido por grupos prioritários. A partir de janeiro, 950 mil pessoas começam a tomar a vacina contra a Covid-19, em duas doses. Os primeiros são idosos em lares e funcionários, pessoas com mais de 50 anos com doenças graves, profissionais de saúde, entre outros. A primeira versão causou polémica, porque deixava de fora idosos com mais de 75 anos. Portugal garantiu 22 milhões de vacinas, num investimento superior a 200 milhões de euros. A negociação com as farmacêuticas foi coordenada pela União Europeia." Foto: Andre Kosters/Lusa
Internacional
O ano em que a Covid-19 desafiou a humanidade
Acontecimentos
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Americanos “despedem” Trump
Donald Trump começou o ano a ganhar – absolvido num processo de destituição – e acabou a perder a Presidência dos Estados Unidos para o democrata Joe Biden. “Fraude eleitoral massiva”, gritou Trump. Nada a registar, responderam os tribunais. As eleições ficaram marcadas pela pandemia de Covid-19, que nos EUA matou mais do que em qualquer outro país do mundo e afundou a economia. Trump durou apenas um mandato, foram quatro anos a rasgar alianças e acordos internacionais, a dividir os americanos e a ignorar os cientistas. Joe Biden promete tentar “sarar as feridas”." Foto: Joel Marklund/Reuters
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George Floyd morto pela polícia
O afro-americano George Floyd, de 46 anos, morreu, a 25 de maio, durante uma detenção em Minneapolis, quando um polícia pressionou o joelho contra o seu pescoço durante 7.46 minutos. O vídeo chocou o mundo, especialmente depois de Floyd, por várias vezes, ter gritado: “não consigo respirar”. O caso provocou uma onda de contestação, com manifestações, algumas violentas, contra o racismo e a violência policial, nos Estados Unidos e no resto do Mundo. Os agentes envolvidos foram demitidos e acusados e só estão em liberdade após pagarem cauções pesadas. Foto: Jason Szenes/EPA
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Explosões em Beirute
Duas fortes explosões, a 4 de agosto, abalaram o porto de Beirute, capital do Líbano. Pelo menos 191 pessoas morreram, mais de 6,5 mil ficaram feridas e cerca de 300 mil ficaram sem casa. Explodiram 2.750 toneladas de nitrato de amónio, o equivalente a um sismo de 3.3 na escala de Richter, o que criou uma cratera com 43 metros de profundidade. O fertilizante estava armazenado há cerca de sete anos, sem especiais medidas de proteção. O primeiro-ministro Hassan Diab demitiu-se. Já o Presidente Aoun mantém-se no cargo, apesar dos protestos da população que exige explicações sobre o incidente. A reconstrução da “Paris do Médio Oriente” vai demorar anos. Foto: Wael Hamzeh/EPA
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Luanda Leaks
A empresária Isabel dos Santos é acusada de desviar dinheiro do Estado angolano, no âmbito dos “Luanda Leaks”. Na origem da investigação do Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação estão documentos entregues pelo “hacker” Rui Pinto. A mulher mais rica de África nega as acusações, enquanto Luanda reclama em tribunal 4,6 mil milhões de euros. Em Portugal, as contas da filha do antigo Presidente José Eduardo dos Santos foram congeladas, a posição no banco EuroBic e operadora NOS foi arrestada e a participação na Efacec nacionalizada. O ano de Isabel dos Santos ficou ainda marcado pela morte do marido Sindika Dokolo, no Dubai, quando praticava mergulho." Foto: Toby Melville/ Reuters
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Papa escreve “Fratelli Tutti” para o mundo
O Papa Francisco tem insistido muito no diálogo inter-religioso e na promoção da fraternidade entre os homens durante o seu pontificado. Mais do que trazer coisas verdadeiramente novas, a encíclica Fratelli Tutti é uma sistematização do muito que Francisco tem dito sobre este assunto nos últimos anos. Da leitura desta obra fica o apelo ao surgimento de “novos heróis” capazes de dialogar, mas também de ensinar ao mundo a importância do perdão. Fica ainda a nota para a inclusão – a primeira por parte de um Papa – de uma citação de Vinícius de Morais." Foto: Vatican Media/EPA
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Jihadismo em Moçambique
Tem-se agravado a situação no norte de Moçambique, especialmente na província de Cabo Delgado. Grupos jihadistas atacam aldeias, degolam e desmembram civis. As autoridades também já realizaram operações militares para tentar parar o avanço dos militantes do Al-Shaabab. Muitos habitantes têm fugido às zonas de conflito. A violência em Cabo Delgado já fez cerca de 500 mil deslocados e há 712 mil moçambicanos a precisarem de ajuda humanitária. Há ainda mais de dois mil mortos confirmados em três anos de confrontos. Portugal já prometeu ajuda, mas é preciso que Moçambique queira. Foto: Ricardo Franco/Lusa
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Ataques e decapitações em França
O pesadelo do terrorismo regressou a França, com vários ataques de extremistas islâmicos no espaço de um mês. A 25 de setembro, duas pessoas ficaram feridas em Paris. A 16 de outubro, um um professor de História foi decapitado nos arredores da capital, por mostrar caricaturas de Maomé numa aula sobre liberdade de expressão. Duas semanas depois, o alvo foi a basílica de Notre-Dame, em Nice: três pessoas foram mortas e várias ficaram feridas. A França está a ser atacada, “não vamos ceder”, disse o Presidente Macron. O Conselho Francês da Fé Muçulmana condenou os ataques, que coincidiram com o início do julgamento do caso “Charlie Hebdo”." Foto: Eliot Blondet/Reuters
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Crise nas monarquias europeias
Soube-se a 3 de agosto: o rei emérito de Espanha, Juan Carlos, seguia para o exílio. Os Emirados Árabes Unidos foram o destino. A opção foi do próprio, face uma investigação relacionada com dinheiro em paraísos fiscais e suspeitas de corrupção. Antes, a 15 de março, o filho e atual rei, Felipe VI, renunciava a futura herança do seu pai e retirava a Juan Carlos as ajudas de custo anuais que recebia. No Reino Unido, Harry e Meghan deixaram a “bolha real”. Nos primeiros dias do ano, os duques de Sussex anunciaram a sua vontade de abdicarem dos cargos de “membros sénior” da família real e de se tornarem “financeiramente independentes”. Uns dias depois, a rainha Isabel II lamentava, mas compreendia e aceitava a decisão. Foto: Neil Hall/EPA
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Navalny envenenado
Alexey Navalny, principal opositor do Presidente russo, Vladimir Putin, sentiu-se mal depois de ter bebido chá num aeroporto na Sibéria, a 20 de Agosto. Foi internado num hospital em Omsk e, dias depois, transferido para Berlim. Após vários testes, as autoridades alemãs deteraram vestígios de um agente neurotóxico da família do “novichok”, criado no tempo da União Soviética. Navalny acusa Putin de o querer assassinar, mas o Kremlin nega. Como já havia negado nos casos Skripal ou Yushchenko. " Foto: Maxim Shipenkiv/EPA
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Eleições fraudulentas na Bielorrússia
Alexander Lukashenko foi reeleito para um sexto mandato na Bielorrússia, com mais de 80% dos votos, mas os resultados foram contestados. Muitos bielorrussos falam em “falsificação” e cerca de 12 mil acabam detidos. A União Europeia não reconhece vitória por considerar que as eleições "não foram nem livres nem justas" e, por isso, impôs sanções “pontuais” ao país, sem afetar a população. Também os EUA consideram que os "resultados foram manipulados e não conferem qualquer legitimidade". A líder da oposição, Svetlana Tikhanovskaia, refugiou-se na Lituânia. Foto: EPA
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Papa fala de uniões civis entre homossexuais
A polémica surgiu durante a antestreia de um documentário sobre o Papa Francisco, em pleno Vaticano. O autor da obra incluiu duas frases do Papa numa entrevista feita no México que, em conjunto, pareciam indicar que o Papa defendia a união civil entre homossexuais e o direito à adoção. A coisa não era, afinal, como parecia. As duas frases estavam fora de contexto. A primeira, sobre o “direito à família” era uma crítica aos pais que expulsam os filhos de casa por estes serem homossexuais. Na segunda o Papa estava de facto a dizer que apesar de não se poder equiparar uma união homossexual a um casamento, poderia haver situações em que um enquadramento legal poderia defender certos direitos. Alguns dias mais tarde o Vaticano publicou um esclarecimento a dizer que as palavras de Francisco na entrevista não alteram a doutrina da Igreja sobre o assunto." Foto: Fabio Frustaci/EPA
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Cardeal Pell ilibado
Mais de um ano depois de ter sido condenado por abusos sexuais, o cardeal George Pell foi totalmente ilibado pelo mais alto tribunal da Austrália. Foram 13 meses de encarceramento que o afastaram do seu cargo em Roma, onde estava a tentar limpar as finanças do Vaticano, a pedido do Papa Francisco. Pell foi condenado com base no testemunho de uma das alegadas vítimas, mas até jornalistas que acompanharam o caso mostraram que a sequência de eventos, como tinham sido narrados em tribunal, eram impossíveis. O cardeal saiu em liberdade e obrigado a demitir-se por irregularidades financeiras de prefeito da Congregação para as Causas dos Santos." Foto: Vatican Media/EPA
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Relatório McCarrick divulgado
Há dois anos que o mundo aguardava um relatório prometido pelo Vaticano para esclarecer como é que Theodore McCarrick tinha chegado a cardeal e arcebispo de Washington, apesar de ser um abusador sexual em série e mentiroso compulsivo. As respostas chegaram em outubro num documento de centenas de páginas que mostra como o Papa João Paulo II foi mal informado pelos seus colaboradores e Bento XVI optou por lidar com a questão de forma discreta, com recomendações que acabariam por ser ignoradas. Na fotografia também fica mal o arcebispo Viganó, ex-núncio apostólico nos Estados Unidos e que, entretanto, se tornou um inimigo declarado do Papa Francisco." Foto: Jim Lo Scalzo/EPA
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EUA e Irão trocam fogo
O ano de 2020 começou com o espectro de uma nova guerra no Golfo Pérsico. Após uma tentativa de invasão da sua embaixada na capital do Iraque, os Estados Unidos matam o número dois do regime iraniano, o general Qassem Soleimani. O Irão responde. Ataca bases norte-americanas no Iraque e abate, por engano, um avião de passageiros, nos céus de Teerão, provocando a morte a 176 pessoas. A República Islâmica anuncia que vai deixar de cumprir o acordo nuclear de 2015. O Presidente norte-americano avisa: o Irão nunca terá armas nucleares. Donald Trump patrocina acordos de normalização de relações entre Israel, arquirrival do Irão, e os Emirados Árabes Unidos, Bahrain, Sudão e Marrocos. Em finais de novembro, um cientista nuclear do Irão é assassinado. O Irão culpa os israelitas. Foto: EPA
Covid-19
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China
A China anunciou no último dia de 2019 que tinha sido detetado um surto pneumónico, de origem desconhecida. Havia 44 casos confirmados. O foco terá começado num mercado Wuhan, cidade com 11 milhões de habitantes, na província de Hubei. O mundo ainda não sabia, mas era o início da segunda pandemia do século XXI e da maior ameaça sanitária das últimas décadas. A China tentou controlar a informação. O médico que alertou para o surto foi perseguido pela polícia por “espalhar boatos”. As autoridades de Pequim aplicaram medidas draconianas e conseguiram controlar o vírus. Nove meses depois, a China tem menos casos do que Portugal, oficialmente." Foto: Yuan Zhen/EPA
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OMS declara pandemia
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou, a 11 de março, pandemia por causa do novo coronavírus SARS-CoV-2, responsável pela Covid-19. Estavam confirmados casos e mortes em vários continentes.O diretor-geral da OMS avisa que a situação vai piorar antes de melhorar. E podia ser revertida com a colaboração de todos os países. A pandemia foi declarada três meses depois de as autoridades chinesas alertarem para um surto pneumónico na cidade de Wuhan. Em nove meses, a Covid-19 matou mais de 1,5 milhões e infetou 68 milhões de pessoas em todo o mundo." Foto: Salvatore di Nolfi/EPA
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Papa reza pelo mundo
O momento teve algo de apocalíptico. Um Papa já idoso a caminhar em absoluta solidão numa Praça de São Pedro despida de fiéis por causa da pandemia de Covid-19. Mas o que teve de dramático teve também de beleza. Francisco recordou que “estamos todos no mesmo barco” e pelo mediatismo do evento acabou por assumir o papel de assistente espiritual de todo o mundo, numa altura em que muitos se sentiam perdidos e com medo do novo coronavírus. " Foto: EPA
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Europa no epicentro da Covid
Em poucos meses, a Covid-19 saltou fronteiras e espalhou-se por todo o mundo. No final de janeiro foram diagnosticados os primeiros casos na Europa. A situação melhora na China e, em março, o “Velho Continente” já era o novo epicentro da doença e a Itália era o epicentro do epicentro. Os países europeus começam a confinar, um por um, e a decretar restrições nas viagens. Contida a primeira vaga, surgiu uma segunda, em setembro. A Europa voltava a fechar e surgiram protestos contra as restrições. Espanha passou mal. O Reino Unido ficou no olho do furacão e abandonou a abordagem suave à pandemia. É o país com mais mortes na Europa." Foto: Luca Zennaro/EPA
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Recorde nos Estados Unidos
Os EUA são o país com mais mortes e casos diagnosticados de Covid-19. O Presidente começou por desvalorizar, mas em março, perante a explosão de casos e valas comuns em Nova Iorque, declarou emergência. Donald Trump enfrentava o seu “11 de setembro” em ano de eleições e a liderança foi um “desastre caótico absoluto”, nas palavras de Obama. Recusou usar máscara, culpou a China, abandonou a OMS, foi desmentido pelos especialistas e chegou a “receitar” desinfetante para matar o vírus. Em outubro, foi hospitalizado com Covid. “Não tenham medo”, declarou quando teve alta. Em novembro, “the end”. Trump perdeu as eleições para Joe Biden." Foto: Erin Scott/Reuters
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“Gripezinha” de Bolsonaro
“Não será uma gripezinha que me vai derrubar”. A frase do Presidente brasileiro deu a volta ao mundo, quando a Covid-19 já matava no país, e valeu-lhe o rótulo de negacionista. “Histeria coletiva”, atirou aos governadores que decidiram confinar. A prioridade de Jair Bolsonaro foi salvar a economia. Em plena pandemia, um ministro da Saúde foi demitido, “por não tratar da questão do emprego”. Bolsonaro participou em ajuntamentos e ficou infetado. Recuperou e agradeceu à hidroxicloroquina, desaconselhado pela OMS para tratamento da Covid-19. O Brasil é o segundo país com mais mortes e o terceiro em casos." Foto: Fernando Bizerra/EPA
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Corrida à vacina
Margaret Keenan tornou-se notícia mundial aos 91 anos. Foi a primeira pessoa a tomar a vacina contra a Covid-19 no Reino Unido, que, por sua vez, foi o primeiro país Ocidental a iniciar o plano de imunização da população. Entre a descoberta do novo vírus e este momento “luz ao fundo do túnel” passou menos de um ano. Uma vitória da ciência e de mentes brilhantes que, um pouco por todo o mundo, colaboraram e dedicaram-se dia e noite a estudar o coronavírus que já matou mais de 1,5 milhões de seres humanos. Ainda há incertezas sobre as vacinas que estão a chegar, mas representam a esperança de um dia podermos voltar a fazer coisas tão simples como voltar a abraçar familiares e amigos, ir a um concerto ou a um jogo de futebol. De viver. Foto: Jacob King/EPA
Desporto
Acontecimentos
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Morte de Maradona
O futebol mundial chorou a perda de uma das suas maiores lendas. Diego Armando Maradona, o jogador que venceu um Mundial “sozinho”, com a ajuda da “mão de Deus” e do “golo do século”. De tanto bater, depois de uma vida vertiginosa, de altos e baixos, que dava para encher uma enciclopédia, o seu coração parou, a 25 de novembro. "El Pibe" morreu aos 60 anos, mas será eterno na memória de quem ama o desporto-rei. Deixou para trás um legado ímpar, com apogeu no Mundial do México e no Nápoles, o clube do sul pobre de Itália que ganhou uma Taça UEFA e dois campeonatos às poderosas equipas do norte. Foto: EPA
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FC Porto faz “dobradinha”
Foi uma época atípica, com direito a paragem do campeonato devido à Covid, e a recuperação épica. Os dragões chegaram a ter sete pontos de atraso para o Benfica, mas recuperaram e ainda terminaram com vantagem confortável. O 29.º título dos azuis e brancos foi carimbado a 16 de julho com vitória (2-0) sobre o Sporting. A época fechou com outro triunfo dos comandados de Sérgio Conceição sobre o Benfica na final da Taça de Portugal. Apesar de desvantagem numérica durante muitos minutos, o FC Porto foi superior aos encarnados (2-1), em Coimbra, e conquistou a 17.ª Taça de Portugal. Foto: José Coelho/Lusa
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Benfica, Jesus e Vieira
Jorge Jesus regressou ao Benfica, depois de temporada épica no Flamengo, para voltar a tentar dar títulos aos encarnados. A aposta de Luís Filipe Vieira, em véspera de eleições, foi forte e os números não deixam dúvidas: o Benfica gastou quase 100 milhões de euros em reforços, com destaque para os 24 milhões por Darwin ou os 20 milhões em Everton. A época não abriu bem, com as águias a ficarem fora da Liga dos Campeões após derrota na Grécia. O presidente do clube continua a ser Vieira, que venceu as eleições mais concorridas de sempre, naquele que é o seu (prometido) último mandato na Luz. Foto: Tiago Petinga/Lusa
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Sporting, Alcochete e Cashball
A justiça ilibou o antigo presidente do Sporting Bruno de Carvalho, mas também Bruno Jacinto, ex-oficial de ligação aos adeptos, e Mustafá, líder da claque Juventude Leonina, da acusação de autoria moral do ataque à Academia de Alcochete, em maio de 2018. Também na justiça caiu a acusação do processo “Cashball”, alegado esquema de viciação de resultados em benefício dos leões no futebol e no andebol. A Polícia Judiciária não encontrou provas contra os sete arguidos, entre os quais o Sporting e o ex-team manager André Geraldes. Só o denunciante passou a arguido. Foto: António Pedro Santos/Lusa
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Amorim no Sporting a peso de ouro
Rúben Amorim tornou-se no treinador mais caro da história do futebol português, quando o Sporting acionou a cláusula de rescisão de dez milhões de euros para o contratar ao Braga. Aposta forte do contestado Frederico Varandas, o jovem treinador revitalizou os leões, com contratações de jogadores experientes, promessas do campeonato nacional e um leque de jogadores da formação, e criou uma equipa que está na luta pelo título de campeão, que escapa desde 2002. Apesar da saída de Bruno Fernandes, na maior venda da história do clube, o Sporting aparenta estar bem encaminhado para 2021, apesar do afastamento precoce da Liga Europa. Foto: Eduardo Costa/EPA
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Marega abandona jogo após insultos racistas
Moussa Marega abanou o futebol nacional a 16 de fevereiro, quando deixou o relvado do Estádio D. Afonso Henriques, depois de ouvir cânticos racistas dos adeptos do Vitória de Guimarães. O avançado maliano do FC Porto, que tinha representado o clube vimaranense na temporada 2016/17, abandonou o relvado aos 71 minutos, depois de ter marcado o golo que daria a vitória aos portistas, visivelmente perturbado pelo acontecimento e com o apoio dos colegas de equipa. Quase 10 meses depois do episódio, o Tribunal de Guimarães condenou três arguidos por insultos racistas, que estão agora impedidos de frequentar recintos desportivos. Foto: Hugo Delgado /Lusa
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Braga vence Taça da Liga
O Sporting de Braga venceu o primeiro troféu de 2020, em janeiro, quando conquistou a Taça da Liga na sua própria casa, no último ano em que a prova se realizou no Estádio Municipal de Braga. Depois de deixar para trás Marítimo, Penafiel e Paços de Ferreira na fase de grupos, o Braga bateu o Sporting na meia-final e o FC Porto na grande final. O único golo da partida surgiu bem perto do fim, aos 95 minutos, por Ricardo Horta. O Braga foi consagrado como o "campeão de inverno", no primeiro título de Rúben Amorim, que viria a rumar ao Sporting pouco depois. Foto: Manuel Fernando Araújo/Lusa
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Vitória de Setúbal, a queda de um histórico
O fim da temporada desportiva trouxe a exposição dos graves problemas financeiros de dois dos clubes da I Liga, que foram relegados diretamente ao Campeonato de Portugal pela Liga de Clubes. O histórico Vitória de Setúbal arrancou a manutenção dentro de campo na última jornada, mas acordou dias depois com a notícia da relegação por não cumprir com os pressupostos financeiros que a Liga exige. O caso do Desportivo das Aves tomou contornos mais graves. Com a despromoção matematicamente selada a várias jornadas do fim, a SAD chegou a colocar em hipótese a equipa profissional não comparecer às últimas duas jornadas da I Liga. Após a despromoção, a SAD dirigida pelo chinês Wei Zhao fechou portas, algumas semanas mais tarde. O clube recomeça "do zero", na última divisão distrital do Porto. Foto: Rui Minderico/Lusa
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Foi Giro, pá
Foi feita história no ciclismo português na Volta a Itália em bicicleta de 2020 e a culpa foi de dois jovens, que deixaram o país em suspenso durante três semanas. João Almeida, de 22 anos, “chefe de fila” da Deceuninck-Quick Step, vestiu a camisola rosa, símbolo de líder do Giro, durante 15 etapas consecutivas e terminou no quarto lugar da classificação geral, o melhor resultado de sempre de um português em Itália. Já Rúben Guerreiro, da EF Pro, venceu uma etapa e conquistou a camisola azul da montanha, para melhor trepador da prova – mais um feito inédito para Portugal. Foto: Luca Zennaro/EPA
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Miguel Oliveira bisa na MotoGP
Portugal tem um novo ídolo nos desportos motorizados. Miguel Oliveira tornou-se o primeiro português a ganhar nas MotoGP, quando venceu na Estíria e repetiu o feito na última corrida da época, em Portimão. O almadense não deu qualquer hipótese na na corrida algarvia, tendo alcançado a "pole position" e liderado da primeira à última curva. Miguel Oliveira fechou a época no nono lugar, com 125 pontos, num campeonato que foi para o espanhol Joan Mir, de apenas 23 anos, que conquistou o título na sua segunda época no MotoGP. Na próxima temporada, o português sobe de degrau e passa para a equipa principal da KTM, onde já admitiu que espera poder lutar pelo título. Foto: Christian Bruna/EPA
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Félix da Costa campeão do mundo de Fórmula E
2020 foi igualmente um ano em cheio para o automobilismo português e para Félix da Costa, com o título de campeão mundial de Fórmula E, ao volante do carro elétrico da DS Techeetah. O português é um dos maiores embaixadores da modalidade criada em 2014 e que tem conquistado adeptos de temporada em temporada. Félix da Costa participou em todas as edições do Campeonato do Mundo de Fórmula E, depois de ter sido apontado como uma das promessas da Red Bull na Fórmula 1. O sexto lugar no ano passado ao volante de um BMW permitiu-lhe o salto para a equipa favorita ao título e Félix da Costa arrasou a competição, conquistando o título com mais de 70 pontos de vantagem para a concorrência. Foto: António Pedro Santos/Lusa
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As conquistas de Filipe Albuquerque
O piloto de 35 anos chegou ao auge esta temporada com a conquista de um "triplete": o campeonato europeu, as 24 horas de Le Mans e o campeonato do mundo na categoria de LMP2. O rendimento superior de Filipe Albuquerque chamou à atenção da Wayne Taylor, uma equipa americana onde o português já admitiu que quer repetir os feitos de 2020. A primeira prova será já no início do ano na icónica prova americana 24 horas de Daytona, uma prova que o português sabe o que é vencer, em 2013, e que poderá servir de tónico para mais uma época de conquistas para o piloto de Coimbra.
Foto: Xavi Bonilla/Reuters
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Hamilton iguala Schumacher
Lewis Hamilton voltou a sagrar-se campeão mundial na temporada mais atípica da história da Fórmula 1, com um calendário profundamente alterado devido à covid-19. O britânico venceu o seu sétimo título e igualou o registo de Michael Schumacher. Apesar da competição de Max Verstappen e Valtteri Bottas, o piloto de 35 anos venceu o campeonato tranquilamente e está muito próximo de chegar à marca das 100 vitórias em Grande Prémios e "pole positions", registos únicos e que devem ser quebrados na próxima temporada. O britânico venceu ainda o Grande Prémio de Portugal, em Portimão, corrida que ficará para a história por ter onde Hamilton destronou Schumacher como o piloto com mais vitórias em corridas. Foto: Clive Mason/EPA
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Morte de Paulo Gonçalves no Dakar
O português Paulo Gonçalves, de 40 anos, morreu a 12 de janeiro, na 7ª etapa do rali Dakar na Arábia Saudita, na sequência de uma queda. O piloto luso estava inconsciente e em paragem cardio-respiratória à chegada da equipa médica. Após tentativas de reanimação, foi levado de helicóptero para o hospital onde foi declarada a morte. “Speedy” Gonçalves, que ficou em segundo em 2015, disputava o seu 13.º rali Dakar. O Presidente da República e o primeiro-ministro homenagearam o desportista pela “ética, altruísmo e sã competição”. Foto: Andre Pain/EPA
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Bayern demolidor
A época do Bayern Munique começou mal, com uma "chicotada psicológica", e acabou em glória. O treinador Niko Kovac saiu, o adjunto Hans-Dieter Flick saiu da sombra para fazer história. Primeiro, foi a conquista da Bundesliga. Depois, a Taça da Alemanha. Por fim, a Liga dos Campeões realizada em Lisboa. Na inédita final a oito, por causa da pandemia, o Bayern levou tudo à frente. Humilhou o Barcelona, por 8-2, e na final do estádio da Luz “apagou” o PSG, com um golo/traição de Kingsley Coman, formado na equipa parisiense. Foto: Matt Childs/EPA
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Liverpool campeão 30 anos depois
Jurgen Klopp tinha acabado de oferecer a Liga dos Campeões ao Liverpool, mas ainda faltava algo. O grande desejo da histórica equipa inglesa, de caráter tão distinto das demais, era outro – a Premier League. E como Klopp gosta de fazer os adeptos felizes, foi isso mesmo que lhes ofereceu em 2020: o Liverpool sagrou-se campeão inglês 30 anos depois, com 18 pontos de vantagem sobre o Manchester City. Klopp não se limitou a tornar os sonhos dos adeptos realidade: fê-lo com estrondo. Foto: Laurence Griffiths/EPA
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Liga (Sevilha) Europa
Num jogo intenso, com alternância no marcador e várias oportunidades de golo, o Sevilha venceu o Inter Milão, por 3-2, em Colónia, e conquistou a sexta Liga Europa da sua história. Num ano atípico, devido à pandemia, e com uma “final eight” em várias cidades alemãs, à partida decisiva chegaram equipas veteranas em provas europeias, mas acabaram por ganhar os comandados de Julen Lopetegui, ex-técnico do FC Porto, que assim conseguiu o título mais importante da carreira. Já o avançado Lukaku levou a melhor sobre o português Bruno Fernandes e foi considerado o melhor jogador da prova. Foto: Friedemann Vogel/EPA
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Morte de Kobe Bryant
Kobe Bryant morreu a 26 de janeiro, aos 41 anos, num acidente de helicóptero, com a filha Gianna, de 13 anos, e mais sete vítimas mortais. "Black Mamba" foi uma das maiores figuras do basquetebol moderno e um dos melhores jogadores da história. O ala fez toda a carreira nos Lakers e foi vestido de dourado que construiu um legado na NBA, conquistando cinco títulos de campeão, em 2000, 2001, 2002, 2009 e 2010, e tendo vencido o prémio de "Jogador mais Valioso" em 2008. Depois de ter sido "All-Star" em 18 ocasiões, Kobe Bryant terminou a carreira no final da temporada de 2016, num jogo em que apontou 60 pontos aos Utah Jazz. Foto: Ringo Chiu/Reuters
Covid-19
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Olimpíadas e Euro adiados
UEFA e Comité Olímpico Internacional resistiram ao máximo, porém a pandemia deixou-os de mãos atadas. Primeiro, também devido às dificuldades de calendário com campeonatos e competições europeias, caiu o Euro 2020, adiado para 11 de junho a 11 de julho de 2021. A 24 de maio, apenas uma semana depois de a UEFA adiar o Europeu de futebol, o Tóquio transladou as Olimpíadas para 23 de julho a 8 de agosto de 2021. Foto: Foto: Franck Robichon/EPA
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Pausa (forçada) no campeonato
O campeonato mais longo foi interrompido à jornada 25. Inicialmente, a Liga Portugal e a Federação queriam apenas fechar as bancadas ao público, no entanto, a paragem tornou-se uma inevitabilidade. A 12 de março, a Liga suspendeu todas as competições profissionais por tempo indefinido. No mesmo dia a Federação suspendeu o futsal e o futebol não profissional. Mais tarde ou mais cedo, todo o desporto parou em Portugal. Foto: EPA
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Estádios sem adeptos
Ultrapassado o primeiro pico da pandemia, o futebol profissional regressou em junho, quase três meses depois da suspensão, mas de forma nunca vista: sem adeptos nas bancadas. A pouco e pouco, as restantes atividades desportivas foram retomadas nas mesmas condições. As 10 jornadas finais da I Liga 2019/20 foram disputadas em pleno verão e, quando a nova edição arrancou, já em setembro, as bancadas continuaram despidas. Após muita insistência, houve testes-piloto para o regresso do público, porém a segunda vaga da pandemia, mais forte ainda que a primeira, atrasou indefinidamente os planos. Foto: Tiago Petinga/Lusa
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Fórmula 1 e MotoGP em Portugal
No verão em pandemia, Portugal parecia ser o país ideal para acolher grandes eventos desportivos. O país garantiu a final a oito da Liga dos Campeões, mas também o regresso dos grandes prémios de Fórmula 1 e MotoGP. Contudo, mesmo com redução da lotação para metade, a “bolha” de Portimão da F1 furou e sucederam-se os casos de infeção. O intervalo entre os dois eventos coincidiu com o agravamento da epidemia em Portugal e a corrida de MotoGP não teve público nas bancadas do Autódromo do Algarve para ver a vitória histórica de Miguel Oliveira. Foto: Armando França/Lusa
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Lisboa recebe final a oito da Champions
O (aparente) “milagre” português na luta contra a Covid-19 levou a UEFA a escolher Lisboa para acolher a inédita final a oito da Liga dos Campeões. Um “prémio para os profissionais de saúde”, segundo António Costa, declarações que não caíram bem. Elogios de lado a lado obrigavam a organização a ser um sucesso. Sem público e sem clubes portugueses, várias das melhores equipas e jogadores do mundo fizeram dos relvados da Luz e de Alvalade o seu palco durante duas semanas e, no final, ganhou a Alemanha. O Bayern de Munique goleou o Barcelona (8-2) nos “quartos” e derrotou o Paris Saint-Germain, no jogo decisivo na Luz, por 1-0. Foto: Manu Fernandez/EPA
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Ronaldo positivo
Cristiano Ronaldo acusou positivo ao serviço da seleção, na véspera da receção à Suécia, para a Liga das Nações. O capitão foi isolado e, assim que possível, voou para Itália, onde ficou a recuperar da Covid. O Governo italiano acusou CR7 de violar o protocolo sanitário, por viajar com Covid-19. Após um segundo positivo, Ronaldo disse que nas redes sociais que o teste “é uma treta” e apagou a mensagem. Nova polémica. Ao fim de 19 dias em isolamento, o internacional português recuperou da doença e marcou pela Juventus." Foto: Diogo Pinto/FPF
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"Vocês não são o Zlatan, não desafiem o vírus”
Vários desportistas de topo testaram positivo à Covid-19, entre eles os tenistas Novak Djokovic, número um mundial, Alexander Zverev ou Dominic Thiem, o golfista Dustin Johnson, um dos melhores da atualidade, ou o basquetebolista Kevin Durant. No futebol, destacam-se Neymar, Mbappé, Salah, Thiago Alcântara, Dybala ou o próprio Cristiano Ronaldo. A grande estrela da parada, no entanto, foi o sueco Zlatan Ibrahimovic, que após a recuperação deixou uma mensagem clara ao público em geral: "Vocês não são o Zlatan, não desafiem o vírus.” Foto: Natalia Aguilar/EPA
